quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Método Bates - Memória e Imaginação

A percepção é essencial para uma boa visão, quando desejamos ver melhor, existem sempre formas de melhorar a percepção - utilizando a memória, a visualização através da criação de imagens mentais e a imaginação.

Vemos e aprendemos mais facilmente as coisas que conhecemos, porque as suas imagens são mais familiares ao nossos olhos. É por isso que nos cansamos mais quando estamos de férias a visitar uma cidade nova do que muitas vezes no nosso trabalho rotineiro.

A memória e a visualização são essenciais à melhoria da acuidade visual e à percepção. Mas funciona melhor quando estamos descontraídos. Por exemplo se não conseguimos ler uma letra que está distante, e nos aproximarmos dela até a identificar e a memorizarmos quando voltarmos ao ponto de partida já a conseguimos ver um pouco melhor, ainda baço mas já a conseguimos identificar. Por isso a memória e a imaginação é tão importante no nosso sistema visual.

Exercício 1:

  1. Coloque-se diante de uma parede, olhe para ela e passe-lhe as mãos. Em seguida feche os olhos e continue a tocar nela. Repita os mesmos gestos 3 a 4 vezes durante 5 minutos, vários dias seguidos.
  2. Depois recorte uma figura geométrica de aproximadamente 10 cm quadrados, um circulo, um quadrado e um triângulo- num cartão e fixe-o à parede. Olhe para ele e toque-lhe. seguidamente faça o mesmo com os olhos fechados, sentindo a forma, tamanho e textura.
  3. Após alguns dias faça o mesmo com letras e números.
Exercício 2:
  1. Feche os olhos e imagine que está diante de uma parede branca.
  2. Imagine que tem na mão uma lata de tinta com uma cor à sua escolha e um pincel.
  3. Pinte com grandes pinceladas, de alto a baixo, para os lados ou descrevendo certas formas. Depois pare e distinga na imaginação as superfícies pintadas das que não estão pintadas.
  4. Imagine agora que tem uma tinta de outra cor e um pincel mais pequeno. Sobre a superfície que pintou desenhe círculos, pequenos e grandes, ou formas ovais de diferentes tamanhos. Em seguida, cubra-as com a primeira cor imaginária.
  5. Volte em seguida à segunda cor e pinte quadrados e de seguida preencha os mesmos com a primeira cor. Faça o mesmo com triângulos.
As letras do alfabeto e todas as composições visuais são compostas por formas geométricas. Quando aprendermos a visualizá-los com os olhos fechados, é mais fácil aprendê-los com os olhos abertos.


Exercício 3:
  1. O exercício exige vários cubos de dominó ou um baralho de cartas. 
  2. Nós escolhemos uma carta aleatória ou cubo de domino e vamos olhar para ele por menos de um segundo, á distância do braço.
  3. Vamos fechar os olhos  suavemente e vamos e tentar adivinhar quantos pontos estão no cubo de domino (ou a carta que foi escolhida).
  4. Repita os passos para os próximos cubos (cartões).
Exercício 4:

Podem ser alcançados excelentes efeitos fazer figuras mentais com o nariz, pode ser a desenhar um oito, figuras geométricas, espirais, palavras, números ou mesmo tentar fazer a sua assinatura.

Durante o exercício, você pode fazer movimentos suaves com a cabeça tentando imaginar seu nariz como uma grande pena que desenha as figuras selecionadas.


Embora este exercício pode parecer engraçado e infantil, é realmente muito eficaz no método de reeducação de visão.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Método de Bates - Balanceamento e Rotação

Para Bates, qualquer movimento de balanceamento do corpo aviva os nossos ritmos físicos e mentais e cria um relaxamento no nosso corpo, que nos permite ver melhor.

Praticar estes exercícios antes de deitar, favorece um sono reparador e diz-se que chega mesmo a fazer desaparecer problemas de insônias. Além disso estimula a circulação. Se o praticarmos de manhã, ao levantar torna a perspectiva de um longo e duro dia de trabalho muito menos perturbador.

Além do efeito relaxante que produz em todo o organismo, descreve esta técnica como reparadora para os olhos, sobretudo em casos de miopia, estrabismo e pessoas presbitas. Mesmo em casos de diplopia (visão dupla) ele notou melhorias.

Antes e depois destes exercícios deve fazer relaxamento dos olhos com palming.

Exercícios de Rotação

Estes exercícios têm como finalidade devolver aos olhos a mobilidade natural que foi reduzida devido ao esforço e tensão acumulados. 

Exercício 1: Rotação Curta ou Balanceamento

A primeira técnica de rotação ficou conhecida como "rotação curta" ou "pêndulo". Este exercício deve ser executado à frente de uma trave perpendicular, como a trave de uma janela, ou em qualquer outro local onde possa olhar para um objecto mais longínquo através de outro mais próximo. 
  1. De pé com os pés afastados cerca de 30 centímetros balanceamos o corpo de um lado para o outro, apoiando o peso do corpo ora num pé, ora no outro, enquanto observamos a trave, ou o objecto próximo, a deslocar-se em relação ao objecto afastado em sentido contrário ao qual nos balanceamos. 
  2. Faça este exercício durante uns minutos e feche os olhos durante 1 minuto ou mais, tentando visualizar na sua mente o movimento da esquerda para a direita do objecto próximo. Volte a abrir os olhos e continue. 
Exercício 2: Rotação Curta Sentado

Este exercício serve para pessoas que tem dificuldade em estar a pé, podendo fazer o balanceamento sentado.
  1. Sente-se confortavelmente numa cadeira com as costas direitas e os braços esticados, ou a segurar um lápis na frente do nariz.
  2. Mova a parte superior do corpo de um lado para o outro. Deve balancear os braços com o tronco, de uma forma simultaneamente descontraída e ritmada. Naturalmente deve mover a cabeça ao mesmo tempo.
  3. Após alguns balanceamentos, imagine que os seus olhos seguem na parede uma linha imaginária.
  4. Depois feche os olhos e faça o mesmo movimento de olhos fechados, e tente imaginar os objetos que via antes.

Exercício 1: Rotação Longa

A segunda técnica ficou conhecida como "rotação longa". Poderá fazer este exercício em alternativa ou como complemento da rotação curta. 

  1. Com as pernas ligeiramente afastadas rodamos totalmente, girando o tronco sobre as ancas e a cabeça sobre os ombros. 
  2. Ao rodarmos para o lado esquerdo, apoiamos o nosso peso no pé esquerdo, levantando o calcanhar do pé direito e vice-versa. Nessa deslocação os olhos movem-se num arco de 180 graus ou mais, e o mundo exterior parece oscilar de frente para trás de forma circular. 
  3. Enquanto os olhos descrevem este movimento não faça nenhum esforço parra reconhecer os objetos que o rodeiam: apenas "deixe passar".
  4. Depois de algumas repetições, Mantendo sempre a cabeça direita, deixe os olhos seguirem suavemente a linha onde a parede se une ao teto. Pode mesmo imaginar uma linha e segui-la com os olhos.
  5. Tente fazer os próximos exercícios mais afastado de uma parede ou em frente a uma janela para que possa olhar para objetos no exterior, mas sempre mantendo a linha imaginária.
  6. Após algumas rotações suba ou desça a sua linha imaginária 30 cm e repita o balanceamento.


Notas: Quando fizer este exercício vai ter a impressão de que o caixilho da janela, tal como os outros objetos perto de si , se movem em sentido contrário aos seus balanceamentos. Por outro lado os objetos no exterior da janela, como as árvores, parecem mover-se no mesmo sentido. Se isso não acontecer é porque não está a fazê-lo corretamente e tem o corpo demasiado rígido. 

Se sentir náuseas, pare por um momento e recomece o exercício com calma e leveza, está a fixar um só ponto e por isso está com a visão tensa.

Se tiver dificuldades com este exercício experimente o que vem a seguir.

Exercício 2: Rotação Longa
  1. Balance o corpo para a direita, como no exercício anterior, elevando o braço direito à altura dos ombros, com os dedos bem esticados.
  2. Quando tiver os ombros paralelos à parede do lado direito, baixe o braço direito e levante o braço esquerdo, com os dedos esticados e balanceie-se para a esquerda.
  3. Deixe o seu olhar pousar para além da ponta dos dedos e imagine-se a traçar com a mão uma linha preta horizontal na parede.



Método Bates - Piscar os Olhos

Para Bates, a relaxação é essencial para uma boa visão e quanto mais forçar a vista menor será a sua acuidade visual. Se não consegue distinguir claramente aquilo que vê, feche os olhos durante alguns segundos, relaxe e respire fundo. Ao reabrir os olhos, verificará que está a ver mais claramente. Por essa razão notamos que a nossa visão parece mais nítida depois de uma boa noite de sono.

Assim como fechar os olhos os relaxa, piscar os olhos tem o mesmo efeito. O piscar de olhos regular e natural é essencial para purificar e umedecer os mesmos. Enquanto pestaneja, banha os olhos num liquido anti séptico simultaneamente suave e poderoso, quando comparado com as lágrimas artificiais vendidas na farmácia, que não valem grande coisa.

Piscar é também a técnica mais simples possível que garante um relaxamento temporário da vista. Normalmente quem passo demasiadas horas em frente ao computador perde esta habilidade de piscar os olhos constantemente, por isso surge também o stress visual.

Portanto a todo o momento deve lembrar-se de piscar os olhos para umedecer a córnea, procedendo à sua limpeza natural e consequente relaxamento.

Mas não se force a piscar os olhos, deixe-os piscar naturalmente.

Métodos de relaxamento e Pestanejo do dia a dia:

Ao Ler um Livro

  1. Sempre que ler um livro faça-o relaxadamente, de preferência com luz natural a incidir sobre o mesmo. Sempre que mudar a página, feche os olhos durante alguns segundos.
  2. O melhor local para ler é aquele que lhe permitir estar mais confortavelmente sentado. Poderá ler deitado no sofá ou na cama, desde que esteja relaxado, pestaneje frequentemente e feche os olhos a cada virar de página.
Ao ver televisão
  1. Veja televisão com uma luz suave e não fixe sempre o mesmo ponto no ecrã. Deixe  o olhar passear-se de um ponto para o outro.
  2. De vez em quando tire o olhar do ecrã e olhe para outros pontos de preferência que estejam longes.
  3. Feche os olhos de vez em quando por uns segundos., e faça-os piscar com frequência.
Quando for ao Cinema
  1. Se for ao cinema com frequência deixe os óculos na carteira ou no carro e sente-se numa fila onde consiga ver o filme com nitidez, mas não na máxima nitidez. 
  2. Da próxima vez sente-se na fila mais atrás ou mais á frente dependendo se é míope ou hipermetrope. E ir avançando uma fila a cada sessão.
  3. é necessário que vá movimentando os olhos nunca fixando o mesmo ponto: se é miope mova os olhos do ecrã de vez em quando para a fila de cabeças á sua frente, se é hipermetrope fixe o teto.
Quando Conduzir
  1. Quando conduzir não mantenha os olhos colados à estrada. Adquira o hábito de olhar frequentemente para o horizonte durante uma fracção de segundo, volte a fixar a estrada à sua frente, passe o olhar pelo painel e concentre-se de novo na estrada.

Método Bates - Banhos de Sol

Banhos de Sol

Se hoje em dia ouvimos falar do quão prejudicial o sol é para a vista e que devemos evitar expor os olhos ao sol, protegendo-os com óculos de sol. O Dr. Bates acreditava que os banhos de sol eram muito benéficos para os olhos e para o seu relaxamento. A verdade é que o sol acalma-nos e dá-nos outro animo. E se pensarmos bem com o uso de óculos de sol constantemente o nosso olho vai ficando muito mais sensível à luz, chegando ao ponto de não conseguirmos estar à luz do sol sem óculos escuros mesmo em dias nublados e escuros.

Um exemplo são os marinheiros que trabalham na coberta do navio e olham para o mar durante todo o dia nunca usam óculos de sol e, no entanto, conservam uma vista muita boa até uma idade avançada, enquanto os seus companheiros que trabalham na sala das máquinas, mal iluminada, desenvolvem muitas vezes cataratas e outros problemas. as mulas que eram utilizadas para tirar o carvão das minas cegavam  na obscuridade, mas recuperavam a vista quando voltavam às pastagens.

De acordo com Dr. Bates os "banhos de sol", com o seu efeito anti-bactérias, tem um efeito medicinal para muitas doenças inflamatórias dos olhos e cílios. Diminuem o stress prejudicial dos músculos do globo ocular, diminui a sensibilidade à iluminação deslumbrante e brilhante, o enrugamento da testa e dos olhos. Eles também representam o estágio inicial de adquirir o relaxamento do olho, que é uma condição essencial para a reeducação da vista.

Mas, nunca abra os olhos e olhe diretamente para o sol. Ele pode causar um dano permanente aos olhos. Os exercícios acima deverão ser realizados apenas com as pestanas fechadas e constante movimento de olhos. Se um desconforto ou dor ocorrer a qualquer momento, interromper a prática e fazer o palming.

Exercício 1: Banhos de Sol
  1. Fique de pé ou sente-se em um lugar onde você possa olhar para o sol. Se é um dia especialmente ensolarado, olhar para o céu iluminado será suficiente. Quando as condições climáticas são desfavoráveis ​​ou não há lugar ensolarado, use uma lâmpada de uma potência mínima de 100 Watt.Feche os olhos e volte o seu rosto lentamente para o  sol, céu ou lâmpada.
  2. Mova sua cabeça lentamente para um lado e para o outro umas 20/30 vezes. O movimento de cabeça constante é muito importante para não permitir muito tempo de exposição de apenas uma seção da retina. Para pessoas demasiado sensíveis à luz é  aconselhado  virar o rosto para o céu, em vez de diretamente para o sol.
  3. Faça um palming durante 1 minutos inspirando e expirando lentamente.
  4. Este exercício não deve durar mais de 10 minutos e pode ser feito com por exemplo uma folha de alface sobre os olhos.


sábado, 23 de janeiro de 2016

Método Bates- Relaxamento dos Olhos

Palming - Relaxamento dos Olhos

O relaxamento dos olhos através do "palming" é nada mais nada menos que fechar e esconder os seus olhos com as palmas das mãos, para não expô-las à luz. A exclusão de sensações visuais é por vezes suficiente para se conseguir um relaxamento profundo. Mas não dará os resultados esperados se for acompanhado de stress mental.

Se o palming for efetuado de forma perfeita, você vai ver um campo preto que nunca tenha experimentado antes e não pode imaginar algo mais negro do que o que está a visualizar. 

As pessoas cuja função visual esteja deficiente ou esteja sobre stress levarão mais tempo a conseguir essa escuridão completa e sensação de relaxamento. Como resultado do stress  dentro do globo ocular, o campo visual será preenchido com nuvens cinzentas, escuridão mas com alguns filamentos brilhantes e luzes em movimentos e cores. Com a prática desta técnica de relaxamento essas sensações irão desaparecer dando origem mais tarde à escuridão completa.

Para conseguir este efeito de escuridão completa, devemos estar relaxados e tentando visualizar na nossa mente objetos pretos como letras, gatos, buracos ou imagens que nos descontraiam.

Exercício 1: Praticar Palming na posição sentada:

  1. Esfregar bem as mãos uma contra a outra de forma a sentir as mãos bem quentes.
  2. Se estiver sentado à mesa, colocar os cotovelos sobre a mesa (opcionalmente colocar um travesseiro sob os cotovelos) ou inclinar-se e colocar os cotovelos nos joelhos.
  3. Esconder os olhos com as palmas das mãos cruzadas de modo que nenhum raio de luz consiga entrar, mas sem pressionar os olhos (os olhos devem poder iscar livremente). 
  4. Os dedos devem estar na testa, o lado inferior das palmas das mãos encostadas nas maçãs do rostos, enquanto as bordas tocam levemente o nariz. 
  5. Respire lentamente pelo nariz e sinta o alongamento/contração dos músculos e diferentes partes do corpo enquanto inspira e expira.
  6. Tente visualizar objetos ou letras pretos, por exemplo, que sua casa/cidade é preta, ou pode imaginar um objeto ou lugar que você lembra de cor preta. Pode ser tinta preta, piano preto, sapatos de verniz preto, noite escura, poço profundo, etc. Quanto maior for a escuridão diante de seus olhos, mais relaxada está a sua visão.
  7. Os olhos podem estar fechados ou abertos, como se sentir mais confortável.
  8. Faça vários movimentos leves com os olhos de cima para baixo, da direita para a esquerda, e circular.
  9. Abra os olhos lentamente e tentar sentir se seus olhos estão descontraídos, o que torna a sua visão mais nítida.

Exercício 2:  Movimentos oculares alternados

É um dos exercícios básicos e simples para alongar os músculos do olho. Podemos realizá-lo em qualquer lugar, a pé ou sentado.

  1. Execute vários movimentos de olho de cima para baixo mantendo a cabeça para a frente. Efetue movimentos suaves e despreocupado com os objetos ao seu redor.
  2. Agora, realizar movimentos semelhantes, mas a partir da esquerda para a direita e vice-versa. Repita este procedimento várias vezes.
  3. Em seguida, os movimentos devem ser realizados na diagonal, a partir de superior direito para  inferior esquerdo e vice versa.
  4. Em seguida, execute movimentos circulares no sentido horário e sentido anti-horário .
  5. Enquanto isso vá piscando sempre os olhos.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Ponto Próximo de Convergência

Os movimentos oculares constituem um dos processos básicos de interação com o meio ambiente, permitindo a localização e a observação dos objetos que rodeiam o indivíduo. 

Assim, para a percepção dos objetos localizados num ponto próximo (aproximadamente 33/40 cm) é necessário que haja um movimento de adução conjugado e simultâneo de ambos os olhos, designado de convergência. 



Este é um movimento de vergência que produz um aumento do ângulo formado pelos eixos visuais. O ponto mais próximo a que os olhos conseguem convergir denomina-se ponto próximo de convergência (PPC) e geralmente não se altera com a idade.  A uma distância menor, que essa ocorre a quebra da fusão e o paciente ou relata diplopia ou suprime uma das imagens.

Porque é importante determinar o PPC?

Quando a convergência ocorre de maneira correta (ambos os olhos focalizados no mesmo objecto de forma simultânea e conjugada) a visão ao perto é nítida, única e confortável. 

Porém quando este mecanismo falha, é excessivo ou descordenado o trabalho ao perto como a leitra torna-se cansativo e provoca desconfortos como dores de cabeça, lacrimejo, tonturas entre outros.

Uma falha neste sistema é normalmente o fator impeditivo para uma aprendizagem saudável, pois provoca uma incapacidade de concentração.

Frequentemente a causa para crianças com dificuldade de concentração, dificuldade de compreensão após curtos períodos de leitura, hiperactivas é um anormal funcionamento da convergência, muitas vezes uma insuficiência de convergência. Que com este pequeno teste em conjunto com outros,  que se realiza em alguns segundos, conseguimos despistar.

Como determinar o Ponto Próximo de Convergência com lanterna:
  1. Boa Iluminação
  2. Colocar lanterna a cerca de 40 cm
  3. Colocar lanterna na linha média dos dois olhos.
  4. Aproximar a lanterna e medir a convergência/ruptura de uma destas formas,:
    1. Calcular subjetivamente quando o paciente indica que vê duas imagens..
    2. Calcular objetivamente quando observar ruptura de fusão e um dos olhos diverge.
  5. Com régua medir a rutura de fusão.
  6. Afastar novamente a lanterna até o paciente retornar a fusão vendo uma só imagem e medir a recuperação.
Quais os valores Normais de PPC?

Valores considerados normais para o PPC estão entre 6 e 10 cm. Considera-se normal um PPC com valor numérico em torno do valor da distância interpupilar.

Pacientes com insuficiência de convergência geralmente apresentam o PPC a 20 ou 25 cm.

Problemas de acomodação podem levar a uma falsa insuficiência de convergência e, por isso, o paciente deve ter sua acomodação avaliada. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Método Bates - Relaxamento do Corpo

Relaxamento do Corpo

O relaxamento é um estado do corpo em que os músculos estão relaxados, a respiração fica mais lenta e mais profunda, a frequência cardíaca é menor, a resistência da pele é alterada, etc. 

Para o Dr Bates antes de conseguirmos relaxar os nossos olhos temos de conseguir relaxar o nosso corpo, uma vez que é difícil  descansar os olhos por relaxar os seus músculos se todo o corpo permanece tenso. 

A tensão mental, neurose, transtorno de ansiedade e stress deixa os  nossos músculos tensos, incluindo os músculos responsáveis ​​pela qualidade do globo ocular e acuidade visual. Quando o nosso corpo está cansado, os olhos nunca irá funcionar normalmente. As regras básicas de relaxamento são as seguintes:

Esqueça os dias sentados ao sofá e o sedentarismo, de preferência não passe horas no computador ou tablets ou vá reduzindo o seu uso, faça atividades ao ar livre, caminhadas, piscina 1 ou 2 vezes por semana, de preferência pratique o que mais gosta. O importante é estar em contacto com a natureza e sentir-se bem com o seu corpo física e emocionalmente.

1. Exercícios de alongamentos básicos

Estes exercícios são para ser praticados antes de avançar para os exercícios de visão, 2 minutos serão o suficiente para relaxar os seus braços, pescoço e músculos da parte superior do corpo.

Manter o corpo e costas direitas em linha recta.
  1. Com os braços abertos mover os braços em forma de circulo primeiro para um lado depois para o outro.
  2. Incline o corpo para a direita, de modo à mão direita ajustar-se ao longo da perna direita. Repita com a parte do corpo para a esquerda.
  3. Execute um semi-giro com a parte superior do corpo para a esquerda e a direita.
  4. Coloque as palmas das mãos na frente do seu corpo e volte-as de costas para ele, fazendo um semi giro.
  5. Estique as suas mãos contra uma parede, movendo o seu peito de forma a  esticar os músculos das costas.
  6. Faça cinco voltas com o pescoço para a direita e esquerda mantendo a cabeça na mesma altura.
  7. Faça cinco voltas com o pescoço a partir da posição de partida (vá direto) à esquerda ,para baixo e para cima, em seguida, repita os passos para a direita.
  8. Baixe a cabeça para que o queixo pode tocar o corpo, e faça cinco voltas para a direita e esquerda mantendo a cabeça na posição.
Você pode modificar este exercício de acordo com a sua vontade. O objectivo consiste em relaxar a parte superior do corpo, especialmente da nuca e do pescoço.

2. Exercícios para estimular o Cérebro:

Movimentos alternados
Levante o joelho direito e toque-o com o cotovelo esquerdo, em seguida, repetir o processo com e joelho esquerdo e cotovelo direito (isto é como colocar em marcha). Este exercício estimula grandes áreas de ambos os hemisférios do cérebro e melhora a sua comunicação.

Oitos preguiçosos para os olhos
Manter os polegares na altura do olho com os braços esticados em frente ao corpo. Mova os olhos de forma a acompanhar o polegar direito que vai desenhar um 8 à sua frente, sem mover a cabeça, Repita o processo para o polegar do lado esquerdo. E repita umas três vezes. Com a prática pode fazer o exercício sem a ajuda dos polegares. 

Em seguida, junte as mãos formando um X . Centrando-se no centro de X, acompanhe os polegares para definir em conjunto um oito novamente. 

Elefante
Cruze as mãos atrás da cabeça e mantena os joelhos ligeiramente dobrados. Desenhe os oitos no ar com as mãos (ter sua orelha definido para o braço). Seu corpo inteiro está trabalhando. Este exercício ativa os lóbulos cerebrais e é um dos exercícios que mais trabalha o cérebro.

Movimentos circulares com o pescoço
Baixe o queixo, tanto quanto possível, mover a cabeça lentamente de um braço para outro, respirar livremente. 
Incline a cabeça para frente e com as mãos abaixo dos joelhos, solte o corpo e descontraia, balance as mãos de u lado para o outro.

Método Bates - Recuperar a Visão é Possível?

Dr William Bates foi no seu tempo (1860 - 1930) um dos melhores oftalmologistas de Nova York e professor de oftalmologia. Passou grande tempo da sua vida a estudar o funcionamento dos olhos e os processos visuais.

Em 1919 ele publicou um dos seus livros, "The Bates Method for Better Eyesight Without Glasses", ou em português, "O método Bates para uma visão sem óculos". Em que ele foi tão longe que contrariou todos os estudos tradicionais até à data e que prevalecem ainda hoje.

Esta teoria clássica baseia-se na tese de que a visão é condicionada por pequenos músculos ciliares localizados na parte interna do olho, que supostamente controlam a espessura da lente interna (o cristalino) do olho. Enquanto até aí Helmoltz atribuía ao cristalino o papel principal na acomodação. Bates foi mais longe e depois de vários ensaios provou que a principal ferramenta para a acomodação se realizar era os músculos oculares, que não só eram responsáveis pelos movimentos dos olhos, como também o alongar e encurtar de todo o olho.

Ele explicou a sua visão de que,  conseguíamos uma visão nítida ao perto, com o trabalho conjunto de dois músculos externos, os músculos oblíquos, que seriam responsáveis pelo achatamento/alongamento do globo ocular, criando o mesmo efeito de estarmos sentados em cima de uma bola. E que conseguiríamos ter uma visão nítida ao longe com o trabalho em conjunto de 4 músculos retos externos que iriam puxar ou encurtar o olho em direções opostas.

Para ele isso explicava o facto de algumas pessoas que viviam sem cristalino, por ter nascido sem ele ou o  terem removido por terem cataratas, terem uma visão nítida. Isto contraria a explicação tradicional de que somente o cristalino e os músculos ciliares,são responsáveis pela visão nítida ao longe e ao perto.

Pressupostos da Teoria de Bates:

Ele ao contrário de todos os oftalmologistas da altura não compreendia e não aceitava que a solução para tudo seriam os óculos. A sua principal preocupação era ajudar o paciente a melhorar a sua visão e eliminar os defeitos refrativos sem ajuda dos óculos. 

Então os seus principais pressupostos eram os seguintes:

Recuperar a acuidade visual é possível
Uma das principais premissas do Dr. Bates foi a constatação de que se temos um membro do corpo deslocado ou partido pode voltar a funcionar normalmente com a ajuda de exercícios e tratamento de reabilitação então, o olho humano também pode recuperar a sua acuidade visual com exercícios e treino visual, sem necessitar de óculos.

No consultório diariamente qualquer optometrista e oftalmologista consegue verificar isso, pois se um informático que desenvolveu e aumentou a miopia ao longo da sua vida devido ao excesso de trabalho em visão próxima, normalmente num período de férias prolongadas de relaxamento, lazer e atividades ao ar livre a sua visão melhora por vezes substancialmente.

Abandono de Lentes e Óculos
Para Bates as lentes e óculos eram para os olhos como as muletas para um membro partido/deslocado. Se uma pessoa com deficiente visão não abandonar os seus óculos e tratar de reabilitar os mesmos, ele não irá melhorar a visão, muito pelo contrário vai deteriorar a sua visão com o tempo e vai precisar sempre de ir aumentar a graduação dos óculos.
Assim como quem usa muletas uma vida inteira sem tratar de reabilitar o seu membro partido, nunca se irá reabilitar e com o tempo o mesmo ficará menos funcional.

Hoje em dia opta-se muitas vezes pelas duas vertentes, pela ajuda com os óculos intercalando com a reabilitação através da Terapia Visual. E conforme o sucesso vai acontecendo vai-se diminuindo a graduação dos óculos ou pelo menos trava-se o crescimento do erro refrativo.

A acuidade visual é variável
Um dos pressupostos do Dr. Bates é que a acuidade visual varia para cima e para baixo de acordo com o estado físico e emocional da pessoa e varia o tempo todo. E isso é certo pois se por exemplo dormimos muito mal e estamos extremamente cansados a nossa acuidade visual será pior do que num dia em que estamos descansados. 

Reeducação da visão, abandonar os maus hábitos
Dr. Bates chegou à conclusão de que os defeitos visuais são originados pelo uso incorreto do órgão da visão. Maus hábitos relacionados com a utilização dos olhos estão estritamente relacionados com a sua tensão e stress.
O stress afeta todo o corpo da mesma maneira, origina má visão e todo o corpo é afetado por ele.
Dr. Bates descobriu que com a adoção de boas técnicas de visão, especialmente as de relaxamento, o stress em nossos olhos e todo o corpo é menor. Por isso com as técnicas de relaxamento dos olhos, relaxamos a mente e poderemos melhorar a visão e  diminuir o erro de refração.

Hoje em dia podemos constatar essa realidade com cada vez mais crianças do ensino básico precisarem de óculos devido à má utilização dos olhos, principalmente por terem uma vida sedentária com utilização excessiva dos olhos na visão de perto, com computadores, tablets, telemóveis, etc.

Relaxar a Chave para o Sucesso
No método Bates o relaxamento  é a primeira e fundamental técnica para melhorar a visão. Por relaxamento, não se refere apenas a capacidade geral para relaxar os músculos, mas também o relaxamento da mente que é uma condição para ocorrer o  processo de visão em pleno. Em muitos casos, as técnicas de relaxamento usadas por Bates revelou-se suficiente para melhorar a vista.

As técnicas básicas utilizadas por Bates:

As técnicas utilizadas por Bates que deram bons resultados com os seus pacientes e lhes devolveram qualidade de vida ao melhorar a visão foram:
  1. Relaxamento do corpo 
  2. Relaxamento dos olhos
    1. Palming
    2. Banhos de Sol
    3. Piscar e Pestanejar
  3. Balanceamento e Rotação
    1. Rotação Curta ou balanceamento
    2. Rotação Longa
    3. Oito Preguiçosos
  4. Fixação Central
  5. Memória e Imaginação
  6. Micro movimento dos olhos
  7. Técnica de "flash"
  8. Visão analítica 
  9. ...e Muitos Outros

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Problemas Visuais Optométricos

Os Problemas Visuais Optométricos mais comuns podem ser divididos em:
  1. Problemas Refractivos
    1. Hipermetropia 
    2. Miopia 
    3. Astigmatismo
    4. Anisometropia
    5. Presbiopia
  2. Problemas da Visão Binocular
    1. Motores e Perceptivos
      1. Movimentos sacádicos e de seguimento
      2. coordenação olho-mão
      3. localização espacial
      4. visualização
    2. Problemas Acomodativos (<35 anos)
      1. Hipofunção da Acomodação: resposta insuficiente do sistema acomodativo
        1. Insuficiência de Acomodação
        2. Fadiga Acomodativa
        3. Paralise de Acomodação
      2. Hiperfunção da Acomodação: resposta excessiva do sistema acomodativo
        1. Excesso de Acomodação
        2. Espasmo Acomodativo
      3. Inflexibilidade de Acomodação: a resposta acomodativa é correta em termos de magnitude, mas existe dificuldade em fazer modificações rápidas dessa resposta.
    3. Problemas de Convergência
      1. Endodesvios
        1. Insuficiência de Divergência
        2. Excesso de Convergência
        3. Endodesvio básico
      2. Exodesvios
        1. Insuficiência de Convergência
        2. Excesso de Divergência
        3. Exodesvio básico
      3. Vergências fusionais reduzidas
    4. Forias verticais
  3. Ambliopias e Estrabismos
  4. Baixa visão

Exame Visual

Um exame visual completo é composto por uma variedade de provas diferenciadas. Antes de realizar qualquer tipo de provas é necessário ouvir o paciente e elaborar a história clinica ou anamnese, estabelecendo um primeiro contacto com o paciente. Uma boa anamnese irá deixar o paciente á vontade e irá dar ao optometrista uma indicação sobre o possível problema e exames a seguir.

1. História Clinica ou Anamnese


2. Exames de Diagnóstico Inicial

Exames a efetuar a pacientes com menos de 40 anos de idade e é nada mais nada menos que um conjunto de testes preliminares que demoram cerca de 5 minutos e orientam, na maioria dos casos, para o tipo de problema que o paciente pode ter. Permitem também descartar provas desnecessárias, dependendo da condição especifica do paciente.
    1. Acuidade Visual (AV)
    2. Buraco Estenopeico
    3. Amplitude de Acomodação (AA)
    4. Cover Test Unilateral e Alternante(CT)
    5. Ponto Próximo de Convergência (PPC)
    6. Ponto Próximo de Acomodação (PPA)
    7. Motilidade Ocular (MO)
    8. Reflexos Pupilares
    9. Distância Inter pupilar (DIP)
    10. Estereopsia e Percepção Simultânea
    11. Retinoscopia de MEM
3. Exames Refractivos

Medição do estado refractivo do olho, poder dióptrico e avaliação/medição dos desvios.
    1. Exame Objectivo
      1. Queratometria
      2. Retinoscopia
      3. Auto Refratómetro
    2. Exame Subjectivo 
4. Exames de Saúde Ocular

Exames com oftalmoscópio ou lampada de fenda para avaliar as partes internas do globo ocular que nos irão ajudar a identificar problemas como cataratas, descolamento da retina, glaucoma, degeneração macular entre outros.
    1. Oftalmoscopia
    2. Lâmpada de Fenda
    3. Tonômetro de Sopro 

 5. Provas Finais

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Quando deve fazer o primeiro exame aos olhos do seu filho


Logo nos primeiros dias de vida do seu filho o pediatra no hospital faz os primeiros testes visuais, avaliando o reflexo e se há alguma alteração morfológica. Se notar algo de diferente vai o enviar com certeza para um oftalmologista pediátrico de imediato.

Mesmo que esteja tudo bem com o seu bebé ele deve ser referenciado para um oftalmologista pediátrico sempre que:
  • Houver história familiar de doenças oculares;
  • Os bebés prematuros;
  • crianças com alterações neurológicas, dismorfias facias e doenças genéticas;
  • Em qualquer altura que se nota um desvio de olhos (estrabismo) na criança.
Entretanto nas consultas de rotina do médico de família ele deve observar os olhos da criança e tentar fazer o despiste de alguma anomalia.

Sempre que note algo de diferente na visão do seu filho procure um oftalmologista ou optometrista, seja em que idade for.

A acuidade Visual pode ser avaliada em qualquer idade. Mas é a partir dos 3 anos que o processo de medição se torna mais simples pois as crianças já cooperam e os meios utilizados estão à disposição de qualquer profissional. 

Deve então efetuar um exame visual no seu filho:
  • sempre que o médico de família/pediatra o aconselhe;
  • quando algum familiar ou amigo notar algum sintoma ou sinal de alarme;
  • Quando houver histórico na família de doenças oculares;
  • de preferência aos 3 anos de idade;
  • Obrigatório antes da entrada na escola.



sábado, 9 de janeiro de 2016

Sinais e Sintomas de Alarme nas crianças

Num exame optométrico com crianças é necessário ter atenção redobrada e estar atento aos sinais que as crianças nos dão, ás queixas dos pais e principalmente aos que os professores/educadores notam. Não podemos esquecer que as crianças passam grande parte do tempo nas escolas e infantário, portanto é nestes locais que são relatados sinais a ter em conta e sintomas a reter.

São então estes o sinais e sintomas de alarme nas crianças:
  • Desinteresse pela leitura, escrita, e por todas as atividades realizadas ao perto;
  • Sussurro permanente, durante a leitura;
  • Seguimentos com o dedo;
  • Linhas que são saltadas ou lidas duas vezes;
  • Pestanejar exagerado, franzir as sobrancelhas para ler;
  • Posição rígida durante a leitura, esfregar os olhos;Dores de cabeça ou cansaço exagerado depois de uma tarefa de perto, ou não conseguir, de seguida, ler para longe;
  • Dificuldades na percepção e na escrita de alguns símbolos: m, n, p, q, b, d, a, o;
  • Desatenção permanente, incapacidade de manter o mesmo trabalho durante muito tempo;
  • Incapacidade de reproduzir ou resumir um texto lido;
  • Inclinar ou rodar a cabeça para fixar melhor, piscar um dos olhos;
  • Sensibilidade exagerada à luz;
  • Má coordenação motora, que pode ser demonstrada por tropeções e quedas;
  • Frequentes, falta de pontaria, ou falhar muitas vezes um pontapé na bola.
  • Diferenças de concentração na sala de aula quando está posicionado perto ou longe do quadro.
Temos que ter atenção redobradas nas crianças, pois muitas vezes não apresentam nenhum sintomas ou sinais evidentes e mesmo assim podem ter um problema visual. 

Por exemplo, por norma, uma criança míope, vê mal ao longe, mas como vê bem ao perto costuma ser muito bom aluno e se estiver perto do quadro, não é apercebido qualquer sinal. 

Por esta razão todas as crianças devem fazer um exame visual para rastrear qualquer problema, antes da entrada na escola é essencial que o faça.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Anaglifos Fixos e Variáveis

O que são os anaglifos?

Os anaglifos provocam  a visão de imagens tridimensionais a partir de laminas deslocadas em duas dimensões. Para conseguir este efeito temos de ter uns óculos com filtro vermelho num lado e filtro verde no outro, para observar essas lâminas.

Esse efeito tridimensional já existe há muitos anos, no entanto voltou a aparecer para melhorar todas as sensações realistas que encontramos de profundidade no cinema ou num jogo.



Anaglifos para Terapia Visual.

Os anaglifos para terapia visual podem ser fixos ou variáveis e são um instrumento muito importante para o mesmo. Sendo o instrumento de terapia mais real e mais adequado comparado com o estereoscópio, ao conseguir realizar uma fusão em espaço aberto.

 Anaglifos Variáveis

Consistem em duas lâminas quase idênticas de vinil transparente, uma de cor vermelha e outra de cor verde. Colocam-se uns óculos com filtro vermelho e verde. Com o filtro vermelho vemos a imagem verde e com o filtro verde vemos a lâmina vermelha.

As lâminas são sobrepostas e deslocadas uma sobre a outra. De acordo com o sentido do movimento das lâminas, e a quantidade do deslocamento, atua como uma base de prisma nasal ou temporal, obrigando o paciente a convergir ou a divergir.

A sua principal função é a de  treinar as reservas fusionais negativas e positivas, isto é, com o filtro vermelho no OD(olho direito), e movendo o teste vermelho para o lado direito do paciente treinamos a convergência e movendo o teste para a esquerda treinamos a divergência.

Para além de treinar a flexibilidade de convergência e divergência também podemos treinar e avaliar a fusão periférica, central, profundidade e controle anti supressão.

O anaglifo vem preparado para treinar a uma distância de trabalho de 40 cm, por isso 4 mm de separação da lâmina corresponde a 1 dioptria prismática. Conseguimos visualizar isso observando as setas que se encontram na parte superior e inferior da lâmina. Cada numero na escala corresponde a 2 dioptrias. 

Os anaglifos variáveis são compostos por três lâminas diferentes:




  1. Fusão Periférica, composta por um circulo (fusão), duas estrelas e quatro sois (elementos para que não suprima).
  2. Fusão Periférica e Profundidade, igual á primeira mas com dois círculos.
  3. Fusão Periférica, Profundidade e fusão central, igual às anteriores mas com um objecto central que deverá estar sempre nítido.

Instruções:
  1. Colocar ao paciente os óculos com o filtro vermelho/verde,
  2. O filtro vermelho vai ser colocado no OD e o filtro verde no OE,
  3. Colocar as lâminas num suporte colocando a lâmina vermelha sobre a verde.
  4. Deslizar suavemente a lâmina superior e inferior. 
  5. vamos deslizar até o paciente observar duas imagens, quando isso acontecer voltamos ao inicio.
Nota: Se o paciente tem uma insuficiência de convergência, devemos treinar primeiro no que ele se sente melhor, neste caso a divergência e só depois a convergência.

Diferentes Técnicas:

  1. Flexibilidade de Convergência: Quando o circulo vermelho do anaglifo se desloca para o mesmo lado que está situado o filtro vermelho dos óculos, de modo a obter uma única imagem o paciente tem de convergir.
  2. Flexibilidade de Divergência: Quando o circulo vermelho do anaglifo se desloca para o lado contrário ao que está situado o filtro vermelho dos óculos, de modo a obter uma única imagem o paciente tem de divergir.
  3. Fusão Periférica e Profundidade: Com a lâmina que contem dois círculos, o circulo central produz o efeito de profundidade. Ao convergir o circulo central fica mais pequeno e parece mais longe, e quando divergimos o efeito é o contrário. Logo terá que ver um circulo (fusão)+ 4 sois e duas estrelas.
  4. Fusão Periférica, central e Profundidade: Observas-se com a terceira lâmina, que contém um objecto central que nos assegura a fusão central. Nesta lâmina terá de ver essa imagem central sempre nítida.
  5. Controle Anti Supressão: Em todas as lâminas existem umas estrelas vermelho/verde para ter sempre controle anti supressão.


Anaglifos Fixos

Nos anaglifos fixos temos uma só lâmina que contém imagens de cor vermelho /verde com uma certa distância entre si, a cada distância é atribuída a dioptria prismática correspondente. Conforme vamos avançando no teste a distância vai aumentando entre as imagens, para termos de convergir/divergir mais. A distância de trabalho continua a ser de 40 cm e a cada desenho que vai passando vai aumentando duas dioptrias prismáticas.

Em seguida um pequeno video em espanhol que fala sobre os anaglifos: